podem os Cristãos Participar das Chamadas
Festas Juninas?
‘Cabe a você
cristão, após ler sobre o significado das chamadas “Festas Juninas” decidir se tais festas são ou não agradáveis aos
olhos do Deus Eterno e se são um bom ambiente para você e sua família
freqüentarem. Cabe a você e somente a você a decisão. Escolher ficar ao lado de
Deus ou participar de festividades pagãs que desagradam ao Altíssimo.
O mês de
junho, época de Solstício de Verão na Europa, ensejou inúmeros rituais de invocação de fertilidade,
necessários para garantir o crescimento da vegetação, fartura na colheita e
clamar por mais chuvas. Estes rituais, eram expressões que foram praticadas
pelas mais diferentes culturas, em todos os tempos e em todas as partes do
planeta.
O espetáculo
das grandes mudanças que nos oferece a natureza sobre a face da terra, sempre
impressionou o homem e levou-o a meditar sobre suas causas, efeitos e
transformações. Em certo estágio de desenvolvimento, acreditou ele, estar em
suas mãos os meios de evitar uma calamidade em potencial e que podia
interferir, apressando ou retardando a marcha das estações pela arte da magia.
Com este pensamento fixo, passou a realizar
rituais e a proferir palavras mágicas para o sol brilhar, os animais se
multiplicarem e a vegetação ou colheita desenvolver-se.
No decurso
de mais algum tempo, porém, acabou por convencer-se que o crescimento e a
decadência da vegetação e as alterações das estações, assim como a vida e a
morte de qualquer criatura viva, dependiam da força e da vontade de seres
divinos. Sendo assim, a velha teoria mágica das estações, foi complementada com
uma teoria religiosa. Mas, mesmo associando estas transformações às suas
divindades, achou que através de certos
ritos mágicos, poderia dar uma ajuda ao seu deus, que era o
princípio da vida na luta contra o princípio contrário, a morte.
As
cerimônias que realizava para alcançar este objetivo, não passavam de
representações dramáticas dos processos naturais que desejava favorecer.
Não
obstante, os dois lados da vida, o vegetal e o animal, não estavam dissociados
na mente daqueles que realizavam estes cerimoniais. Em verdade, eles
acreditavam que existiam profundos laços que uniam o mundo vegetal ao animal e
em funções disso, combinavam a representação dramática do renascimento das
plantas a união dos sexos, objetivando estimular ao mesmo tempo e com um único
ato, a multiplicação dos frutos, dos animais e dos homens. Para eles, o
princípio da vida e da fertilidade, fosse animal ou vegetal era uno e
indivisível. Alimento e filhos, era o
que os homens procuravam obter com a realização de ritos mágicos para regular
as estações. Estes rituais de fertilidade, perduraram através dos tempos
e na “Era Cristã” não houve como apagá-los. E, a Igreja Católica, adaptou-os as
comemorações do dia de São João, que teria nascido em 24 de junho, dia do
solstício.
Nos conta
Frazer, em seu livro “O Ramo de
Ouro”, do início do século XX, que na Sardenha, os jardins de Adônis
ainda são plantados na festa de Solstício de Verão, que lá tem o nome de festa de São João. Era costume,
também, em 1 de abril um rapaz da aldeia se apresentar diante de uma moça e
pedir-lhe para ser sua “camare”
(namorada) e se oferecer para ser seu “compare”. O convite era considerado como uma honra pela família
da moça e aceito com satisfação. No final de maio, a jovem faz um vaso com
casca de um sobreiro, enche-o de terra e nele semeia um punhado de trigo e
cevada. Colocado ao sol e regado na devida freqüência, os grãos brotam
rapidamente e, na véspera do solstício (23, junho, véspera de São João), já
estaria bem desenvolvido. O vaso é então chamado de “erme” ou “nenneri”. No dia
de São João, o rapaz e a moça, acompanhados por uma comitiva e precedidos por
crianças, vão em procissão até a igreja. Ali quebram o vaso e lançando-o contra
a porta do templo. Sentam-se em seguida em círculo na relva e comem ovos e
verduras ao som da música de flautas. Em seguida dão-se as mãos e canta, “Namorados de São João ( Compare e comare di
San Giovanni) várias vezes, enquanto as flautas tocam durante todo este
ínterim. Quando se cansam de cantar, levantam-se e dançam alegremente em
círculo até a madrugada.
Outro
aspecto importante da festa do Solstício de Verão ligado ao nome de São João é
a tradição de banhar-se no mar, nas
nascentes, nos rios ou no sereno, na noite da véspera do dia da festa do
Solstício. Em Nápoles, há uma igreja dedicada a São João Batista com
nome de São João do Mar (San Giovan a mare). Este hábito é bastante antigo e,
homens e mulheres acreditavam que no ato de banhar-se ficariam livres de todos
os pecados. Nos Abruzos, ainda se acredita que água possua qualidades benéficas
na noite de São João. Em Marsala, na Sicília, há uma nascente em uma gruta
subterrânea, chamada Gritto della Sibila. Ao seu lado, há uma igreja de São
João. Na véspera de São João, dia 23 de junho, mulheres e moças visitam a gruta
e, ao beber da água profética, acreditam que ficam sabendo se seus maridos são
fiéis ou se casarão no próximo ano. Também os enfermos, acreditam que
banhando-se nestas águas, ficarão curados de seus males.
O alcance
destas crenças eram tão grandes, que a Igreja, acabou por achar melhor seguir
uma política de acomodação, dando a estes ritos um nome cristão. E, ao procurar
um santo para suplantar o patrono pagão de tais banhos, dificilmente poderiam
ter encontrado um sucessor mais adequado do que São João Batista.
Atualmente, os rituais de fertilidade estão representados no casamento
caipira e, as antigas oferendas, deram lugar às simpatias, adivinhações e
pedidos de graças aos santos. O santo mais requisitado é o
Santo Antonio, conhecido como casamenteiro, que segundo reza uma lenda, levou
três irmãs solteiras ao altar.
O FOGO DA
VIDA E DA PURIFICAÇÃO…
Também
perduraram, desde os tempos imemoriais, os costumes de acender fogueiras e
tochas, que livravam as plantas e colheitas dos espíritos maus que poderiam
impedir a fertilidade.
A festa de
São João está também, diretamente relacionada com o elemento “fogo”. Analisando
mais a fundo o simbolismo deste elemento, chegaremos a seus vários aspectos.
O fogo
segundo a crença é criação, nascimento, luz original, alegria e elemento que
foi divinizado pelo homem. Este, submerso nos mistérios da noite, alegra-se
quando seus olhos se abrem para a luz do dia, iluminados pelos raios benéficos
do Sol. Mas o fogo também é destruidor, já que tudo queima e incinera. Esta
ambivalência foi rapidamente observada pelos nossos antepassados que fizeram do
fogo uma representação do bem e do mal. O fogo portanto, era considerado então
princípio de vida, revelação, iluminação, purificação, mas também paixão e
destruição. Dá a vida, mas volta a tirá-la e transforma-a em cinza.
As fogueiras de São João, que queimam
atualmente, na noite de 23 de junho (véspera da festa de São João), eram no
começo, fogos de fertilização e
purificação que se acendiam no dia do Solstício de Verão, na Europa (21
de junho), justamente antes das colheitas, em honra aos deuses para agradecer as suas bondades, ou imediatamente
depois, para purificar a terra.
As
festividades de São João, portanto, celebram a vida, o Sol, o fogo
transformador que consome o velho para criar algo novo.
TRADIÇÃO QUE
CONQUISTOU OS ÍNDIOS…
Quando os
portugueses chegaram com seus jesuítas ao Brasil, em torno 1500, trouxeram em
sua bagagem todas as suas crenças e costumes. Alguns cronistas contam que os
jesuítas foram os primeiros a acender fogueiras e tochas para comemorar a festa
de São João.
Ela foi
muito bem aceita pelo nosso indígena, pois se identificava com suas danças
sagradas realizadas também, em torno do fogo.
Os jesuítas,
muito astutos, se utilizaram do interesse do índio pelas festas religiosas para
atraí-los e estabelecerem contatos com objetivos de catequese.
COQUETEL DE
CULTURAS
As festas
juninas somam hoje, contribuições culturais de vários povos que aqui se
estabeleceram como o passar do tempo. E, pode-se dizer, por que não, que este
verdadeiro “coquetel de culturas” foi um arranjo que mobiliza romaria de
turistas para apreciarem suas alegres e descontraídas festas.
Desde do
século XIII, a festa de São João portuguesa chama-se “joanina” e incluía os
santos: Santo Antônio ( 13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de
junho).
Já a
quadrilha, tão apreciada e cantada nestas festas é uma dança francesa que tem
suas raízes nas contra-danças inglesas (contry dance= dança rural) e surgiu no
final do século XVIII. Esta dança desembarcou no Brasil com a família real
portuguesa em 1808. Só a alta sociedade da época, divertia-se em suas recepções
ao som da quadrilha.
Com o tempo,
este modismo importado da França, caiu nas graças do povo, passando então, a
integrar o repertório de cantores e compositores. Foi assim, que a quadrilha
deixou os salões aristocráticos para entrar nas festas populares. Surgiram
então, as variantes no interior do país, como a quadrilha caipira. A quadrilha ainda hoje, é dançada no interior
para homenagear os santos juninos e agradecer as boas colheitas da roça.
O instrumento tradicional das quadrilhas é a sanfona.
Mas, a
pitada que dá o toque especial a este “coquetel de cultura” é a culinária
indígena, com suas comidas à base do milho como: espigas de milho, pamonha,
canjica, bolo de fubá, etc.
Portanto, unindo
música, teatro e boa comida, as festas juninas expressam um imaginário rico em
passagens da vida cotidiana de um povo simples.
Além disso,
estas festividades tiveram um papel essencial na integração entre índios e
portugueses e, mais tarde, com os negros e outros grupos étnicos, estabelecendo
o que podemos chamar de união de laços culturais. Inseridas dentro de um
contexto religioso, estas festas foram portanto, muito importantes nas relações
entre diferentes povos que colonizaram o Brasil. Esta polifonia cultural está
arraigada até hoje.
CASAMENTO
CAIPIRA
A cerimônia
de casamento caipira é uma manifestação realizada durante os festejos juninos,
principalmente nos dias dedicados a São Pedro.
Dependendo
da região e estado do Brasil o Casamento Caipira é conhecido também por outros
nomes como Casamento Matuto e Casamento na Roça.
O Casamento
Caipira é uma paródia às cerimônias tradicionais. O cerimonial é precedido de
um grande cortejo pelas ruas da cidade, onde os principais personagens da
representação são: a noiva grávida, o noivo, o delegado, o padre, os pais
dos noivos, padrinhos, etc. O enlace caricaturado se desenvolve em meio à
fugas do noivo, as indecisões da noiva e ameaças por parte dos pais, vigário e
o delegado. Os textos apresentam uma linguagem libidinosa e os
sermões contém forte conotações crítico-sociais. Após a celebração do casamento,
inicia-se a quadrilha.
AS
FOGUEIRAS
As fogueiras
juninas merecem uma consideração à parte. A de Santo Antonio é quadrada. A de
São João, redonda. A de São Pedro, triangular.
O festeiro
escolhido para comandar os festejos de qualquer um dos santos de junho deve
escolher um bom Capitão de Mastro e um bom Alferes de bandeira, os quais
organizarão a fogueira, tratarão da implantação do mastro para a bandeira e mandarão
confeccionar (onde ainda não existir) a própria bandeira.
É adequado,
também, fincar-se um pau-de-sebo no local da festa, para diversão dos jovens. A
fogueira centraliza a festa.
A LAVAGEM DO
SANTO
Na festa de
São João, em alguns locais se costuma realizar a “lavagem” ou o “batismo” do
santo. Este ritual deve ser realizado antes da meia-noite, quando todos os
participantes formam uma procissão com andores onde estão dispostas as imagens
de alguns santos e se dirigem às margens de um riacho, rio, lagoa ou córrego
das proximidades. Entoam pelo caminho diversas cantorias como:
“Viva São
João Batista
Vivia
Batista João
Vivia São
João Batista
Que foi
batizado
No rio de
Jordão.”
Chegando ao
riacho, sempre com cantos e com velas acesas, cada devoto recebe nas mãos uma
imagem de um santo e a mergulha brevemente nas águas, ou então apanha um pouco
da água e a despeja sobre a imagem. Também neste momento, cada devoto faz o
sinal da crua e às vezes com a própria representação do santo. Durante a
lavagem é comum cantar:
“Lira, oi
lira
Corrida do
mar
Quem tem
seus pagão
Pode vim
batizar”.
A lavagem
abençoa a imagem do santo e a água. É costume também, banhar os pés , rosto,
mãos, e outras partes do corpo com o intuito e busca de proteção.
As festas
juninas em centenas de cidades e principalmente no Nordeste, movimentam mais
gente que o nosso famoso Carnaval. Os arraiais em municípios do interior são
confraternizações pequenas, mas em outros já se transformaram em megaeventos
que fazem moda, chegando a reunir até 1 milhão de turistas ao longo do mês. O
circuito junino do Nordeste é hoje uma atração muito procurada e já atrai
brasileiros de todas as outras regiões.
Caruaru, em
Pernambuco e Campina Grande, na Paraíba, disputam o título da melhor festa do
país. A primeira é conhecida como “capital do forró” e a outra como “o maior
São João do mundo”. Na década de 80 surgiram em Caruaru as drilhas, quadrilhas
que desfilavam atrás do trio elétrico ao som de um som modernizado.
Caruaru
criou uma cidade cenográfica denominada Vila do Forró, uma réplica de cidade
típica de sertão reproduzindo a arquitetura das casas, que são geralmente
simples e coloridas, habitadas pela rainha do milho, pela rezadeira, pela
rendeira, pela parteira. Lá estão também o correio, o posto bancário, a
delegacia, igreja, restaurantes, teatros mamulengos. Atores encenam nas ruas o
cotidiano dos habitantes da região. Uma das grandes atrações da festa é o
desfile junino na véspera de São João, através do qual desfilam mais de vinte
carros alegóricos, carroças ornamentadas, em cujo cortejo são apresentados
Bacamarteiros, bandas de pífaro, quadrilhas, casamentos matutos, grupos
folclóricos.
Já, Campina
Grande, construiu o “Forródromo” que recebe todos os anos milhões de pessoas
que se divertem, assistindo apresentações do forró pé de serra, quadrilhas,
cantores, bandas, desfiles de jegues; participam de jogos e brincadeiras e
deleitam-se com as comidas típicas vendidas nas barracas. As duas cidades
disputam a popularidade da festa, realizada como um grande espetáculo que
atualiza manifestações culturais, transformando as homenagens a São João num
mês de contínua folia junina.
Na Amazônia
cabocla, a tradição de homenagear os santos constitui um calendário que tem
início em junho com Santo Antônio e termina em dezembro com São Benedito.São
festas de arraial, onde estão presentes as fogueiras, o foguetório, o mastro,
os banhos da meia-noite, muita comida e a folia, que representam sempre a festa
realizada no décimo dia depois das novenas.
A noite de
São João na cidade de Belém, como em toda a vasta terra paraense, é noite de
feitiçaria indígena. Noite desejadas pelos namorados que esperam ler à sorte de
ovo ou nos desenhos da faca que à meia noite foi espetada na bananeira, a sua
predestinação, o nome do bem amado, os caminhos incertos do futuro, aquilo que
mais se quer e nem sempre se alcança, muito embora a sorte o vaticine. São
realizados também, os divertidos “banhos de cheiro” que, no dizer de Raimundo
Morais “não somente dão sorte, alegria, prosperidade, como tiram o caipora, o
azar, equivalendo a uma limpeza no físico e na alma do indivíduo”.
No Rio
Grande de Sul, esta festividade folclórica possui características próprias.
Observa-se um misto de culturas regionais, a caipira e a gaúcha, sob o ritmo do
vanerão, muito embora esta mistura já esteja perdendo espaço.
No sul de
Minas, já há uma preocupação em comemorar as festas juninas nos moldes simples
do homem do campo. Ao contrário das grandes cidades, que vão deixando de lado o
caráter folclórico destas festas, no interior a tradição ainda sobrevive.
Durante o evento são servidas comidas típicas, pipoca quentinha à luz da
fogueira e a famosa quadrilha e tanto cativa e alegra.
“AS SORTES”,
VOCÊ QUER SABER A SUA?
Nas noites
de 13, 24 e 29 ou na passagem do respectivo dia anterior para esses dias (o
instante mágico é a meia-noite) se podem tirar “sortes” do santo, ligadas à
amor, à profissão, a destino ou outros assuntos. Saiba agora algumas dessas
sortes:
Sorte no
Namoro
Planta-se um
dente de alho com o nome da jovem ou do jovem de quem gosta, escrito num papel.
Fica o dente do alho para cima, junto com o papel. No dia seguinte diz que já
amanhece brotando o que vai dar casamento. Se não no dia seguinte, espera mais
alguns dias.
Sorte do
prato d’água
Escreva os
nomes de seus pretendentes em pedaços de papel branco. Em seguida, pegue todos
os papeizinhos e torça-os, bem torcidos. Disponha-os então em um prato cheio de
água. No dia seguinte, o papel que amanhecer aberto é o que tem o nome daquele
que pode acabar em casamento.
O QUE DIZ A
BÍBLIA SAGRADA
Para muitos
cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades juninas não
tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O apóstolo Paulo,
no entanto, declara em I Coríntios 10.11 que as coisas que nos foram escritas
no passado nos foram escritas para advertência nossa. Vejamos o que ele disse:
“Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso,
para quem já são chegados os fins dos séculos”.
O que nos
mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito para Canaã? Quando os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao
monte para receber a lei da parte de Deus. A demora de Moisés despertou no povo
o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi consultado e, depois de concordar,
ele próprio coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material,
O texto bíblico diz o seguinte:
“Ele os
tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de
fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te
tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do
bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).
Qual foi o
resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os
puniu severamente: “Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças.
acendeu-se-lhe a ira, e arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do
monte. Então tomou o bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o
até que se tomou em pó, e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos
de Israel.
O
teor religioso das festas juninas não passa de um ato idólatra quando se presta
culto a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como
crentes, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a
ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o Senhor
Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele a Deus sacrifício de louvor,
que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O texto de
Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando: “Depois destas coisas
olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as
nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas nas suas mãos. E clamavam com
grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao
Cordeiro”.
É possível
imaginar um cristão cantando louvores a São João Batista? O cântico seria mais
ou menos assim:
“Onde está o
Batista?”.
Ele não está
na igreja,
Anda de
mastro em mastro,
A ver quem o
festeja”.
Lembramos a
atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que certos homens
quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram
a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos
homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Bamabé, e Mercúrio a Paulo;
porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em
frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria
com a multidão sacrificar-lhes. Porém, ouvindo isto os apóstolos Barnabé e
Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e
dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como
vós, Sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas
vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (At
14.11-15).
Os Santos
não Podem Ajudar
Normalmente,
as pessoas que participam das festas juninas querem tributar louvores a seus
patronos como gratidão pelos benefícios recebidos. Admitem que foram atendidas
por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Crêem também que esses santos
podem interceder por elas junto a Deus. Entretanto, os santos não podem fazer
nada pelos vivos. Pedro e João, como servos de Deus obedientes que foram, estão
dormindo aguardando a Segunda Vinda de Cristo e farão parte da ressurreição dos
justos. Não estão ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das pessoas que os
cultuam aqui na terra. O único intercessor eficaz junto a Deus é Jesus Cristo.
Diz a Bíblia: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo homem” (um 2.5).
E mais:
“É Cristo
quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os monos, o qual está à direita
de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).
“Meus
filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar,
ternos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação
pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos. mas também pelos de todo o
mundo” (lJo 2.1-2).
Foi o
próprio Senhor Jesus quem nos disse que deveríamos orar ao Pai em seu nome para
que pudéssemos alcançar respostas aos nossos pedidos: “E tudo quanto pedirdes
em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes
alguma coisa em meu nome eu o farei”(Jo 14.13-14).
Quanto ao
teor religioso das festas juninas, podemos declarar as palavras de Deus ditas
por meio do profeta:
“Odeio,
desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom
cheiro” (Arn 5.21).
Como
seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta delicada exposição, que Deus nos
conceda sabedoria para que consigamos proceder de uma maneira que o agrade em
todas as circunstâncias.
Algo em Que
se Pensar
O Brasil é
um dos maiores paises agrícola do mundo. Até conhecemos aquela frase elogiando
as terras brasileiras: nas quais, “… em se plantando tudo dá”. No entanto
(pasmem), o governo está importando (isto é, comprando) de outros países arroz,
feijão, trigo, café, cacau etc. Era para estarmos exportando, vendendo,
aumentando o capital, e não comprando, pois temos terras de excelente
qualidade. Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do
“homem do campo”. Sabemos que existe um êxodo rural muito grande, 80% da
população brasileira vive nas cidades e somente 20 % vivem no campo. Não
estaria as festas juninas contribuindo para formar uma imagem negativa de nosso
povo da zona rural? Não é exagerado o ponto de vista em que sugere que a imagem
do homem do campo por vezes é humilhada nas festas juninas.
Veja: qual criança se espelharia no típico caipira das quadrilhas de festas
juninas? Quais delas diria: “quando crescer quero ser um caipira, ou homem do
campo, com as roupas remendadas”? As crianças querem ser médicos, professoras,
atrizes, pois estes não são humilhados nas festas juninas. As Festas Juninas
inconscientemente ou não, servem mais para humilhar as pessoas do campo do que
para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não é banguela, é desdentado,
seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas roupas
são rasgadas e remendadas, uma alusão ao espantalho, um pobre coitado! – pois
talvez seja assim que os grandes latifundiários vêem o caipira, e essa visão é
reproduzida por nossas crianças nas escolas. Poderia isto ser chamado de
FOLCLORE e CULTURA?
A Bíblia diz
categoricamente que “o que escarnece (humilha) do pobre insulta ao que o criou”
(Pv. 17:5). Disso decorrem problemas urbanos graves como o favelamento e os
menores abandonados, pois como os “caipiras” não conseguem sobreviver no campo,
pensam que na cidade encontrarão trabalho. A esse processo dá-se o nome de
“Êxodo Rural”. E o nosso país agrícola é desmatado, onde só se planta pasto
para boi gordo, e expulsa o homem do campo.
Motivos para
não Participar de Festas Juninas
Diante de
tudo o que foi dito acima daremos uma recapitulação expondo o “porquê” de não
participarmos de festas juninas. Vejamos então:
Plágio do
Paganismo - Como vimos, as bases das festas juninas estão
fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data
ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas
pelas colheitas. As festas juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o
detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus
introduziu o povo de Israel na terra prometida adverti-os severamente para que
não usassem esse tipo de costume, diz Ele: “Quando entrares na terra que o
Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles
povos.” [Deut. 18:9]. Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não,
o plágio fora terminantemente proibido por Deus.
Os Santos
não Intercedem - É notório que estas festividades são para
homenagear os três santos. Nestas datas as pessoas invocam sua proteção através
de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta intercessão. Não
obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações
que os devotos tanto acreditam. A Bíblia nos diz que existe um só mediador
entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem,” [I Tm. 2:5]. Este verso exclui todos os demais
mediadores forjados pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a
alguém, esse alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: “…e tudo
quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.” [João 14:13,14]. Em
toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos pedidos,
promessas e votos a terceiros.
Os Santos
não Escutam Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus
“santos” ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora
delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos! Mais uma vez
a Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em
relação aos vivos: “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não
sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a
sua memória ficou entregue ao esquecimento.
6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm
eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do
sol.” [Eclesiastes 9:5,6].
Invocação de
Espíritos dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em
que o espírito de São João possa ser despertado por ocasião da soltura de
foguetes, afim de vir participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore
ou não, isto reflete de modo perfeito a crença da invocação dos santos e isto
bate de frente com a advertencia bíblica a respeito da consulta aos mortos.
Vejamos: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os
feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo
a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?” [Isaías 8:19]. E
mais: “Não se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um
espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele
que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações
que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.” [Deut. 18:9,-12]. No
fundo a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática
espírita e como tal, é reprovada por Deus.
Outro
Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficou
demonstrado biblicamente os espíritos dos santos não sabem de nada do que
acontece em nosso mundo, portanto não podem interceder por ninguém. Para quem
vai então às honras e os louvores destas festividades afinal? O apostolo Paulo
estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse: “Antes
digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a
Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” Um pouco
antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é ( 8:4 ), ou seja, quando os
gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na
verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais
oferendas), pois o ídolo nada é. Não estaria acontecendo algo similar nas
festas juninas? Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e
festividades a tais santos que segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o
que está acontecendo, quem então as recebe? Ou então, quando o pedido é
atendido, quem concede estas “graças” às pessoas nas festas juninas? De uma
coisa temos certeza: dos santos é que não são!
Comidas e
Imagens - Por último temos duas práticas rejeitadas pela
Palavra de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são
benzidas e oferecidas ao santo que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se
fazem orações, carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante
dela etc. Como exemplo, temos o famoso pãozinho de Santo Antonio! Entretanto, a
Bíblia diz: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos…não podeis
participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios.” [Atos 15:29 ; I Co.
10:21]. Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia
nos seguintes termos: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do
que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não
te encurvarás diante delas, nem as servirás;” [Deut. 5:8,9]. Estes são
resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar
de tais festividades.
Conclusão
Pare e
pense: como vimos, todas as práticas encontradas nas
festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria
de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem explicitamente o que
Ele ordenou em sua santa Palavra? Será que estaríamos honrando a Deus com isso?
Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas
somente a Ele [Amós 5:21-23] , mas que haviam sido mescladas com elementos dos
cultos pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as
ditas festas “cristã” dedicada aos santos?
Por: Reginaldo Barbosa
Editor Chefe deste Blog